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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Marmita dos Namorados







Pr. Odailson da Fonseca

Casar até que é fácil. Difícil é permanecer namorando.
É sempre bom trocar os contos das fadas e cair na real em parceria com alguém capaz de amar a despeito das chatices ranzinzas. 

Só tem um problema: o tempo passa e aquele jantar à luz de velas pode virar uma
marmita requentada. E pra escapar desta furada?
A verdade é que
 prometer amar alguém por toda a sua vida é fácil, o mais difícil é amar alguém a cada dia de toda a sua vida. Uma coisa é idealizar o romance perfeito, outra bem diferente é saltar da imaginação para a manutenção da realidade prática. Sonhos a dois são como a São Silvestre – todos largam entusiasmados, mas o percurso prova a resistência de quem tem fibra pra continuar.
Outro dia ouvi uma ilustração patética sobre casamento. Os noivos estavam de lua-de-mel e, após arrumarem os presentes na casa nova, finalmente viajaram para um lugar mais distante e romântico. Ao saírem do aeroporto, pegaram um taxi e durante o trajeto trocaram sonhos e carinhos. Chegando ao estacionamento do hotel a noiva encosta sua cabeça nos ombros do noivo e sussurra gentilmente: “Amor, vamos descer fingindo que já temos cinco anos de casados?” Ele respondeu, “tem certeza?” Ela acenou positivamente com a cabeça. Foi quando o homem pulou do carro, rapidamente, e lá do lobby do hotel berrou, “mulher, anda rápido! traga já as malas!”

Que tal? Senso de humor à parte, sob a superfície desta anedota tem uma verdade triste: com o tempo passando muitos casais vêm acomodando-se às marmitas. 

Troque o binóculo pelo espelho. É sempre mais fácil vasculhar defeitos no outro do que reconhecer imperfeições em nós mesmos. Porém, isso só produz atrito, injustiça e antipatia. Ninguém gosta de ser cobrado por quem também não pagou suas dívidas. Já pensou que ser um ditador tirano não está tão longe da realidade matrimonial? É só exigir do cônjuge o que nem você está dando conta também.  Cadê a Lua do namoro? Antes de se frustrar com a quebra do encanto, me responda: você é o mesmo conquistador romântico de antes? Mulheres não mudam nunca – sempre continuarão hipnotizadas por um elogio levantando sua auto-estima. Não espere mais do que uma Fiona se você se acomodou feito Shrek! Devolva a ela o príncipe Don Juan de antes e receba em troca aquela diva se jogando em seus braços. 
Provoque o gênio da lâmpada. Lembra do Aladim esfregando a lâmpada pra libertar o gênio? Isso mesmo. Tem três expressões básicas que funcionam igualmente para despertar a mulher que você sempre quis: muito obrigado, por favor e desculpe. Ser gentil jamais cairá de moda. Cafonas são aqueles que reservam a elegância só pra hora de impressionar o chefe. Casamento é uma busca genuína por reinventar o respeito mútuo e a educação. Seja sempre cavalheiro.
Quebre os paradigmas. Homem lava louça, sim – mulher lava o carro também. Amigos topam tudo, então porque no casamento economizamos o desconhecido? Planejem saídas alternativas, invertam a ordem das coisas, descubram lugares diferentes e curtam os imprevistos da nova vida a três (ou quatro, ou cinco…). Não deixem que uma criança a bordo estrague as novas aventuras acompanhadas das eternas músicas preferidas no carro. Viver fascina! Se tudo começou em casal, não deixem perder a amizade particular que originou tudo. Filhos não podem roubar um namoro.
Tragam o Deus do altar para o quarto. O problema é que esquecemos isto. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmos 127:1). Se Deus realmente é amor, tudo que amamos carrega a presença dEle. Não jogue fora a marmita – peça ajuda pra Quem criou a própria Lua.  Acredito que dá pra ser feliz – em família.
Ah! e o casal de pombinhos fingindo cinco anos de casamento? Décadas depois ainda brincavam, mas fingindo estar em lua-de-mel. E com todas as malas, obviamente, ainda sendo carregadas…

… por ele.

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